A exigência de jejum para a realização de exames é um fator muito conhecido por quem já passou por esses procedimentos. Ele é solicitado para que o resultado do exame reflita o que está acontecendo no corpo, sem que haja interferências de fatores externos nos resultados.
Além disso, o jejum, na teoria, traz um resultado de como o metabolismo do corpo está funcionando em um período em que a alimentação não foi feita. Contudo, para a maior parte dos exames, o jejum é desnecessário.
Buscando esclarecer sobre o porquê de não fazer jejum, listamos a seguir os 8 principais exames rotineiros que dispensam o jejum e algumas dicas para uma escolha efetiva de um laboratório de análises clínicas. Continue lendo o texto e tenha acesso às melhores informações sobre o assunto!
Por que o jejum não é exigido em alguns exames?
Atualmente, após estudos, foi constatado que muitos componentes do sangue não se alteram se não for feito o jejum. Inclusive, em alguns casos, é preconizado que ele não seja feito, para que a avaliação do estado de saúde do paciente e suas possíveis alterações seja a mais verídica possível.
O jejum é a privação de qualquer alimento que implique em aporte calórico: alimentos, portanto. A água, em quantidade moderada, não interfere nos exames, mas café, leite, refrigerantes, água tônica ou de coco, e os sucos, não devem ser consumidos durante o período de jejum, que pode ser de 4, 8 ou 12 horas, ou mesmo tempos diferentes. Os principais exames que dependem de jejum são as determinações sanguíneas da glicose, da insulina e da homocisteína, além de raros outros.
Quais os principais exames que não precisam de jejum?
Confira abaixo quais são os exames que dispensam o jejum e podem ser feitos tranquilamente sem esse preparo.
1. Lipidograma
Este exame tem como função fornecer a dosagem dos lipídeos sanguíneos — colesterol total, HDL, LDL, VLDL e triglicerídeos —, colaborando para a determinação do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como AVC e infarto. O jejum não é exigido para serem determinados os níveis desses lipídios, o que tem por objetivo avaliar o risco de formação de placas nos vasos sanguíneos.
2. Hemograma
O hemograma é utilizado para avaliar as células que compõem o sangue: as hemácias, os diversos tipos de leucócitos e as plaquetas.
Além disso, por meio dele é possível detectar, e por vezes até identificar, variadas doenças: anemias, infecções e alguns tipos de câncer. O jejum por vezes até prejudica o resultado do hemograma, tornando necessária a realização de novo exame sem jejum: a leucopenia (redução dos glóbulos brancos ou leucócitos) é o principal motivo de susto quando o hemograma é feito em jejum.
3. Hemoglobina glicada
A verificação do percentual de hemoglobina glicada é um exame que busca avaliar a glicose no sangue. O seu resultado indica como esteve o nível desse açúcar nas últimas semanas, não sofrendo alterações com alimentação recente. Sua utilização é preconizada para os pacientes com diabetes, para controle da glicemia, e tem a vantagem de detectar facilmente até mesmo os pré-diabéticos, o que permite o tratamento preventivo para evitar ou retardar o surgimento da doença.
4. Ferritina
A ferritina é uma proteína relacionada ao estoque corporal de ferro, principal componente das hemoglobinas. Sua maior parte se encontra estocada no fígado e medula óssea, e o pouco que circula no sangue já é suficiente para estimar a quantidade presente em todo o corpo. Sua maior utilidade é detectar a deficiência do ferro, e ajudar o médico no diagnóstico diferencial das anemias.
5. Vitaminas B12
A vitamina B12 é um dos principais nutrientes necessários para a produção de células sanguíneas, além de participar da reprodução celular em geral e da produção de mielina, importante para a proteção das fibras nervosas. Sua dosagem é feita para avaliar a presença de risco de doenças sanguíneas e neurológicas inclusive problemas de cognição, memória e locomoção.
6. Vitamina D
Essa vitamina, também conhecida como “vitamina dos ossos”, atua auxiliando na formação e na resistência óssea, na imunidade, na contração muscular, no metabolismo e no sistema cardiovascular. Saber o nível de vitamina D é útil para avaliar o risco de fraturas e osteoporose, contratura muscular e o risco cardiovascular.
7. Dosagem dos metais
No corpo humano há a presença de metais que são imprescindíveis para o metabolismo, a contratura muscular e a composição de tecidos. Os maiores representantes destes metais são: ferro, zinco, sódio, potássio, magnésio e cálcio. Sua dosagem é feita para analisar se há maior risco cardiovascular e ineficiências na formação óssea, entre outros fatores associados ao funcionamento metabólico.
8. Eletroforese de proteínas
É um exame utilizado para avaliar o estado da função hepática, auxiliar na pesquisa da presença de mieloma múltiplo e no acompanhamento de doenças reumáticas.
Como encontrar um bom laboratório para exames?
Para que o resultado de um exame seja o mais seguro possível e verídico, é necessário que sejam realizados em bons laboratórios. Dessa forma, as seguintes qualidades devem sempre ser avaliadas pelos clientes:
- organização e higiene do laboratório;
- opinião de outros clientes;
- reputação do laboratório;
- qualidade do atendimento;
- especialização profissional.
Somente assim o cliente terá consciência de qual laboratório entrega melhores serviços e resultados de exames mais seguros.
Como vimos, alguns exames de sangue têm atribuições para que seus resultados sejam confiáveis. Saber quais são os exames que dispensam o jejum é importante para se programar para o check-up em meio às tantas atividades diárias. Além disso, pesquisar sobre o laboratório antes de fazer um exame também é um dos fatores que colaboram para resultados mais exatos.
Contudo, pode haver situações em que outros interferentes devem ser evitados, como o álcool e os exercícios. O laboratório poderá informar em cada caso.
Quer saber mais a respeito dos exames sem jejum e a escolha de laboratórios? Entre em contato com a gente e tire todas as suas dúvidas.